Já fui mendigo de Amor,
Em tempos que já lá vão,
Eu já lhe conheço a dor,
Não vou mendigar mais não,
Já não peço ao meu Amor,
Mimos carinhos e beijos,
Conhecemo-nos de cor,
Ela sabe os meus desejos,
E Amar, presentemente,
Nesta ânsia, todos os dias,
Do Amar perdidamente,
Com todas as euforias,
É um sentimento presente,
Um despertar… de alegrias…
(Publicado com a autorização do autor. A transcrição deve mencionar o autor (José Dimas) e a fonte de publicação)
sábado, 16 de abril de 2011
domingo, 27 de fevereiro de 2011
A envolvência do teu Abraço _ Fátima Ramos
A meu PAI
Nesta distância que o tempo e a morte impuseram,nesta tormenta em que navego,
nesta solidão em que as saudades
da tua voz, do teu sorriso trocista mas cheio de carinho,
das tuas palavras cheias do mais refinado humor
onde se escondia um profundo e imenso amor,
Sinto a envolvência do teu Abraço meu Pai,
Como se estivesses aqui comigo,
sussurrando-me o caminho a seguir,
os passos a tomar
e dando-me a coragem e força necessária
para aguentar firme os ventos e as chuvas,
o frio deste inverno que me gela as mãos,
o coração e a alma,
Lembrando-me que há sempre um novo sonho
depois daquele que se quebra e nos impele a Viver,
mesmo quando só nos apetece esconder do mundo
no conforto da escuridão.
Que há sempre uma alegre Primavera
após o mais frio Inverno
e que mesmo enquanto este dura,
o raio de sol que espreita por entre as nuvens
e derrete a mais sólida neve que caiu no chão...
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
Asa de Borboleta _ Cecília Meireles
No mistério do sem-fim
equilibra-se um planeta.
E, no planeta, um jardim,
e, no jardim, um canteiro;
no canteiro uma violeta,
e, sobre ela, o dia inteiro,
entre o planeta e o sem-fim,
a asa de uma borboleta.
equilibra-se um planeta.
E, no planeta, um jardim,
e, no jardim, um canteiro;
no canteiro uma violeta,
e, sobre ela, o dia inteiro,
entre o planeta e o sem-fim,
a asa de uma borboleta.
domingo, 20 de fevereiro de 2011
Antes de um lugar há o seu nome_Maria Rosário Pedreira
Antes de um lugar há o seu nome. E ainda
a viagem até ele, que é um outro lugar
mais descontínuo e inominável.
Lembro-me
do quadriculado verde das colinas,
do sol entretido pelos telhados ao longe,
dos rebanhos empurrados nos carreiros,
de um cão pequeno que se atreveu à estrada.
Íamos ou vínhamos?
a viagem até ele, que é um outro lugar
mais descontínuo e inominável.
Lembro-me
do quadriculado verde das colinas,
do sol entretido pelos telhados ao longe,
dos rebanhos empurrados nos carreiros,
de um cão pequeno que se atreveu à estrada.
Íamos ou vínhamos?
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
A Mãe _ João Negreiros
A mãe
Quando crescer quero ser a mãe
só p’ra ser a minha
e me dar carinho sem ter que mo pedir
quero morrer p’ra ser a mãe de alguém
mas com as mãos a voz e o cheiro da minha
mãe
és a minha mãe
antes não fosses
antes fosses a mãe de todos
p’ra que todos fossem felizes
se fosses a mãe do mundo o mundo era melhor
e eu não existia
mas acredita que não me importava
porque haveria de viver no som dos teus beijos
no fresco da tua mão contra a testa febril
no olhar que encontra o brinquedo
na luz que me apaga o medo
haveria de viver no teu coração como um filho que não nasceu
e que morre todos os dias para provar que sempre te amou
in "o cheiro da sombra das flores"
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
A Defesa do Poeta _ Natália Correia
Senhores jurados sou um poeta
um multipétalo uivo um defeito
e ando com uma camisa de vento
ao contrário do esqueleto
Sou um vestíbulo do impossível um lápis
de armazenado espanto e por fim
com a paciência dos versos
espero viver dentro de mim
Sou em código o azul de todos
(curtido couro de cicatrizes)
uma avaria cantante
na maquineta dos felizes
Senhores banqueiros sois a cidade
o vosso enfarte serei
não há cidade sem o parque
do sono que vos roubei
Senhores professores que puseste
a prémio minha rara edição
de raptar-me em crianças que salvo
do incêndio da vossa lição
Senhores tiranos que do baralho
de em pó volverdes sois os reis
sou um poeta jogo-me aos dados
ganho as paisagens que não vereis
Senhores heróis até aos dentes
puro exercício de ninguém
minha cobardia é esperar-vos
umas estrofes mais além
Senhores três quatro cinco e sete
que medo vos pôs na ordem ?
que pavor fechou o leque
da vossa diferença enquanto homem ?
Senhores juízes que não molhais
a pena na tinta da natureza
não apedrejeis meu pássaro
sem que ele cante minha defesa
Sou uma impudência a mesa posta
de um verso onde o possa escrever
ó subalimentados do sonho !
a poesia é para comer.
um multipétalo uivo um defeito
e ando com uma camisa de vento
ao contrário do esqueleto
Sou um vestíbulo do impossível um lápis
de armazenado espanto e por fim
com a paciência dos versos
espero viver dentro de mim
Sou em código o azul de todos
(curtido couro de cicatrizes)
uma avaria cantante
na maquineta dos felizes
Senhores banqueiros sois a cidade
o vosso enfarte serei
não há cidade sem o parque
do sono que vos roubei
Senhores professores que puseste
a prémio minha rara edição
de raptar-me em crianças que salvo
do incêndio da vossa lição
Senhores tiranos que do baralho
de em pó volverdes sois os reis
sou um poeta jogo-me aos dados
ganho as paisagens que não vereis
Senhores heróis até aos dentes
puro exercício de ninguém
minha cobardia é esperar-vos
umas estrofes mais além
Senhores três quatro cinco e sete
que medo vos pôs na ordem ?
que pavor fechou o leque
da vossa diferença enquanto homem ?
Senhores juízes que não molhais
a pena na tinta da natureza
não apedrejeis meu pássaro
sem que ele cante minha defesa
Sou uma impudência a mesa posta
de um verso onde o possa escrever
ó subalimentados do sonho !
a poesia é para comer.
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
Hoje sorriem-me a terra e os céus _Gustavo Adolfo Bécquer
Hoje sorriem-me a terra e os céus;
sinto no fundo da minha alma o sol;
eu hoje vi-a..., vi-a e ela olhou-me...
Creio hoje em Deus!
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