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quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
Valsa de Um Homem Carente__Jorge Palma
Se alguma vez te parecer
Ouvir coisas sem sentido
Não ligues sou eu a dizer
Que quero ficar contigo
E apenas obedeço
Com as artes que conheço
Ao principio activo que rege desde o começo
E mantêm o mundo vivo.
Se alguma vez me vires fazer
Figuras teatrais
Dignas de um palhaço pobre
Sou eu a dançar a mais nobre
Das danças nupciais
E em minhas plumas cardeais
Em todo o meu esplendor
Sou eu, sou eu nem mais
A suplicar o teu amor.
É a dança mais pungente
Mão atrás e outra à frente
Valsa de um homem carente
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
Nuvem Passageira _Hermes de Aquino
Eu sou nuvem passageira,
Que com o vento se vai,
Eu sou como um cristal bonito
Que se quebra quando cai.
Não adianta escrever meu nome n’uma pedra,
Pois essa pedra em pó vai se transformar,
Você não vê que a vida corre com o tempo
Sou um castelo de areia na beira do mar.
(Ar, Ar)
Eu sou nuvem passageira,
Que com o vento se vai,
Eu sou como um cristal bonito
Que se quebra quando cai.
A lua cheia convida para um longo beijo
Mas o relógio te cobra o dia de amanhã
Estou sozinho, perdido e louco no meu leito,
E a namorada analisada por sobre o divã.
(Ar, Ar, Ar) (Ar, Ar,Ar)
Por isso agora o que eu quero e dançar na chuva
Não quero nem saber de me fazer ou me matar
Ou vou deixar um dia fique a minha energia
Sou um castelo de areia na beira do mar
Eu sou nuvem passageira,
Que com o vento se vai,
Eu sou como um cristal bonito
Que se quebra quando cai.
Eu sou nuvem passageira,
Que com o vento se vai,
Eu sou como um cristal bonito
Que se quebra quando cai.
Que se quebra quando cai
Que com o vento se vai,
Eu sou como um cristal bonito
Que se quebra quando cai.
Não adianta escrever meu nome n’uma pedra,
Pois essa pedra em pó vai se transformar,
Você não vê que a vida corre com o tempo
Sou um castelo de areia na beira do mar.
(Ar, Ar)
Eu sou nuvem passageira,
Que com o vento se vai,
Eu sou como um cristal bonito
Que se quebra quando cai.
A lua cheia convida para um longo beijo
Mas o relógio te cobra o dia de amanhã
Estou sozinho, perdido e louco no meu leito,
E a namorada analisada por sobre o divã.
(Ar, Ar, Ar) (Ar, Ar,Ar)
Por isso agora o que eu quero e dançar na chuva
Não quero nem saber de me fazer ou me matar
Ou vou deixar um dia fique a minha energia
Sou um castelo de areia na beira do mar
Eu sou nuvem passageira,
Que com o vento se vai,
Eu sou como um cristal bonito
Que se quebra quando cai.
Eu sou nuvem passageira,
Que com o vento se vai,
Eu sou como um cristal bonito
Que se quebra quando cai.
Que se quebra quando cai
sábado, 8 de janeiro de 2011
Distância_Cindy Kat / Ricardo Camacho
http://emtonsdeazul2.blogspot.com/2011/01/distancia-cindy-kat.html
De noite fico acordado
Por não te ter a meu lado
Só penso em ti
Só penso em ti
Esqueci os sonhos na esperança
De encontrar paz na distância
Só penso em ti
Só penso em ti
E eu não vou poder ser
A certeza desse amor
Aquele que te faz voltar
E eu não vou poder ser
Aquele que não ficou
Perdido sem o teu olhar
Penso em ti
Penso em ti
E eu não vou poder ser
A certeza desse amor
Aquele que te faz voltar
E eu não vou poder ser
Aquele que não ficou
Perdido sem o teu olhar.
Agora acordo com medo
De ter esquecido o teu nome
Só penso em ti
Só penso em ti
Tão grande é o silêncio
Onde se perdem os dias
Só penso em ti
Só penso em ti
E eu não vou poder ser
A certeza desse amor
Aquele que te faz voltar
E eu não vou poder ser
Aquele que não ficou
Perdido sem o teu olhar
De noite fico acordado
Por não te ter a meu lado
Só penso em ti
Só penso em ti
Esqueci os sonhos na esperança
De encontrar paz na distância
Só penso em ti
Só penso em ti
E eu não vou poder ser
A certeza desse amor
Aquele que te faz voltar
E eu não vou poder ser
Aquele que não ficou
Perdido sem o teu olhar
Penso em ti
Penso em ti
E eu não vou poder ser
A certeza desse amor
Aquele que te faz voltar
E eu não vou poder ser
Aquele que não ficou
Perdido sem o teu olhar.
Agora acordo com medo
De ter esquecido o teu nome
Só penso em ti
Só penso em ti
Tão grande é o silêncio
Onde se perdem os dias
Só penso em ti
Só penso em ti
E eu não vou poder ser
A certeza desse amor
Aquele que te faz voltar
E eu não vou poder ser
Aquele que não ficou
Perdido sem o teu olhar
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
Porque me olhas assim..._ Fausto
http://emtonsdeazul2.blogspot.com/2011/01/porque-me-olhas-assim-fausto.html
Diz-me agora o teu nome
se já dissemos que sim
pelo olhar que demora
porque me olhas assim
porque me rondas assim
Toda a luz da avenida
se desdobra em paixão
magias de druida
pelo teu toque de mão
soam ventos amenos
pelos mares morenos
do meu coração.
Espelhando as vitrinas
da cidade sem fim
tu surgiste divina
porque me abeiras assim
porque me tocas assim
e trocámos pendentes
velhas palavras tontas
com sotaque diferentes
nossa prosa está pronta
dobrando esquinas e gretas
pelo caminho das letras
que tudo o resto não conta
E lá fomos audazes
por passeios tardios
vadiando o asfalto
cruzando outras pontes
de mares que são rios
e num bar fora de horas
se eu chorar perdoa
ó meu bem é que eu canto
por dentro sonhando
que estou em Lisboa
Dizes-me então que sou teu
que tu és toda pra mim
que me pões no apogeu
porque me abraças assim
porque me beijas assim
por esta noite adiante
se tu me pedes enfim
num céu de anúncios brilhantes
vamos casar em Berlim
à luz vã dos faróis
são de seda os lençóis
porque me amas assim.
Diz-me agora o teu nome
se já dissemos que sim
pelo olhar que demora
porque me olhas assim
porque me rondas assim
Toda a luz da avenida
se desdobra em paixão
magias de druida
pelo teu toque de mão
soam ventos amenos
pelos mares morenos
do meu coração.
Espelhando as vitrinas
da cidade sem fim
tu surgiste divina
porque me abeiras assim
porque me tocas assim
e trocámos pendentes
velhas palavras tontas
com sotaque diferentes
nossa prosa está pronta
dobrando esquinas e gretas
pelo caminho das letras
que tudo o resto não conta
E lá fomos audazes
por passeios tardios
vadiando o asfalto
cruzando outras pontes
de mares que são rios
e num bar fora de horas
se eu chorar perdoa
ó meu bem é que eu canto
por dentro sonhando
que estou em Lisboa
Dizes-me então que sou teu
que tu és toda pra mim
que me pões no apogeu
porque me abraças assim
porque me beijas assim
por esta noite adiante
se tu me pedes enfim
num céu de anúncios brilhantes
vamos casar em Berlim
à luz vã dos faróis
são de seda os lençóis
porque me amas assim.
domingo, 2 de janeiro de 2011
Barquito de Papel - Joan Manuel Serrat
Barquito de papel,
sin nombre, sin patrón
y sin bandera,
navegando sin timón
donde la corriente quiera.
Aventurero audaz,
jinete de papel
cuadriculado,
que mi mano sin pasado
sentó a lomos de un canal.
Cuando el canal era un río,
cuando el estanque era el mar,
y navegar
era jugar con el viento,
era una sonrisa a tiempo,
fugándose feliz
de país en país,
entre la escuela y mi casa,
después el tiempo pasa
y te olvidas de aquel
barquito de papel.
Barquito de papel,
en qué extraño arenal
han varado
tu sonrisa y mi pasado,
vestidos de colegial.
http://emtonsdeazul2.blogspot.com/2011/01/barquito-de-papel-joan-manuel-serrat.html
sin nombre, sin patrón
y sin bandera,
navegando sin timón
donde la corriente quiera.
Aventurero audaz,
jinete de papel
cuadriculado,
que mi mano sin pasado
sentó a lomos de un canal.
Cuando el canal era un río,
cuando el estanque era el mar,
y navegar
era jugar con el viento,
era una sonrisa a tiempo,
fugándose feliz
de país en país,
entre la escuela y mi casa,
después el tiempo pasa
y te olvidas de aquel
barquito de papel.
Barquito de papel,
en qué extraño arenal
han varado
tu sonrisa y mi pasado,
vestidos de colegial.
http://emtonsdeazul2.blogspot.com/2011/01/barquito-de-papel-joan-manuel-serrat.html
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Juan Manuel Serrat
Te Extraño - Armando Mazanero (Pedaços Soltos)
http://emtonsdeazul2.blogspot.com/2011/01/te-extrano-armando-mazanero.html
Te extraño
como los arboles extrañan el otoño
en esas noches que no concilio el sueño
no te imaginas amor como te extraño.
Te extraño
en cada paso que siento solitario
cada momento que voy viviendo a diario
estoy muriendo amor porque te extraño.
Te extraño
como los arboles extrañan el otoño
en esas noches que no concilio el sueño
no te imaginas amor como te extraño.
Te extraño
en cada paso que siento solitario
cada momento que voy viviendo a diario
estoy muriendo amor porque te extraño.
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Armando Mazanero,
Canções que são poemas
Secreta Mujer _ Joan Manuel Serrat (Pedaços Soltos)
http://emtonsdeazul2.blogspot.com/2011/01/secreta-mujer-joan-manuel-serrat.html
Secreta mujer.
Atravesada entre mis párpados le quiero decir,
le quiero pedir que me deje, que se vaya.
Pero no puedo hablar a mi pesar.
Atravesada en la garganta, me atormenta una mujer esa mujer,
esa secreta mujer.
Arránqueme, señora, las ropas.
Desnúdeme.
Arránqueme, señora, las dudas.
Desdúdeme.
Arránqueme, señora, las ropas y las dudas.
Secreta mujer.
Atravesada entre mis párpados le quiero decir,
le quiero pedir que me deje, que se vaya.
Pero no puedo hablar a mi pesar.
Atravesada en la garganta, me atormenta una mujer esa mujer,
esa secreta mujer.
Arránqueme, señora, las ropas.
Desnúdeme.
Arránqueme, señora, las dudas.
Desdúdeme.
Arránqueme, señora, las ropas y las dudas.
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Juan Manuel Serrat
sábado, 1 de janeiro de 2011
Poema de amor - Juan Manuel Serrat
El sol nos olvidó ayer sobre la arena,
nos envolvió el rumor suave del mar,
tu cuerpo me dio calor,
tenía frío
y, allí, en la arena, entre los dos nació este poema,
este pobre poema de amor
para ti
Mi fruto, mi flor,
mi historia de amor,
mi caricias.
Mi humilde candil,
mi lluvia de abril,
mi avaricia.
Mi trozo de pan,
mi viejo refrán,
mi poeta.
La fe que perdí,
mi camino
y mi carreta.
Mi dulce placer,
mi sueño de ayer,
mi equipaje.
Mi tibio rincón,
mi mejor canción,
mi paisaje.
Mi manantial,
mi cañaveral,
mi riqueza.
Mi leña, mi hogar,
mi techo, mi lar,
mi nobleza.
Mi fuente, mi sed,
mi barco, mi red
y la arena.
Donde te sentí,
donde te escribí
mi poema…
http://www.youtube.com/watch?v=d4qOFphWKEU
nos envolvió el rumor suave del mar,
tu cuerpo me dio calor,
tenía frío
y, allí, en la arena, entre los dos nació este poema,
este pobre poema de amor
para ti
Mi fruto, mi flor,
mi historia de amor,
mi caricias.
Mi humilde candil,
mi lluvia de abril,
mi avaricia.
Mi trozo de pan,
mi viejo refrán,
mi poeta.
La fe que perdí,
mi camino
y mi carreta.
Mi dulce placer,
mi sueño de ayer,
mi equipaje.
Mi tibio rincón,
mi mejor canción,
mi paisaje.
Mi manantial,
mi cañaveral,
mi riqueza.
Mi leña, mi hogar,
mi techo, mi lar,
mi nobleza.
Mi fuente, mi sed,
mi barco, mi red
y la arena.
Donde te sentí,
donde te escribí
mi poema…
http://www.youtube.com/watch?v=d4qOFphWKEU
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O meu tesouro és tu, eternamente tu - Jorge Palma
O tempo não sabe nada, o tempo não tem razão
O tempo nunca existiu, o tempo é nossa invenção
Se abandonarmos as horas não nos sentimos sós
Meu amor, o tempo somos nós
O espaço tem o volume da imaginação
Além do nosso horizonte existe outra dimensão
O espaço foi construído sem princípio nem fim
Meu amor, huuum, tu cabes dentro de mim
O meu tesouro és tu
Eternamente tu
Não há passos divergentes para quem se quer
Encontrar
A nossa história começa na total escuridão
Onde o mistério ultrapassa a nossa compreensão
A nossa história é o esforço para alcançar a luz
Meu amor, o impossível seduz
O meu tesouro és tu
Eternamente tu
Não há passos divergentes para quem se quer
Encontrar
O meu tesouro és tu
Eternamente tu
Eternamente tu
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
Aprender a Ser Só - Marcos Valle/Paulo Sergio Valle, na voz de Elis Regina
Ah, se eu te pudesse fazer entender
...Sem teu amor eu não posso viver
Que sem nós dois o que resta sou eu
Eu assim tão só
E eu preciso aprender a ser só
Poder dormir sem sentir teu calor
A ver que foi só um sonho e passou
Ah, o amor
Quando é demais ao findar leva a paz
Me entreguei sem pensar
Que a saudade existe e se vem
É tão triste, vê
Meus olhos choram a falta dos teus
Esses teus olhos que foram tão meus
Por Deus entenda que assim eu não vivo
Eu morro pensando no nosso amor
Por Deus entenda que assim eu não vivo
Eu morro pensando no nosso amor
Ah o amor
Quando é demais ao findar leva a paz
Me entreguei sem pensar
Que a saudade existe e se vem
É tão triste, vê
Meus olhos choram a falta dos teus
Esses teus olhos que foram tão meus
Por Deus entenda que assim eu não vivo
Eu morro pensando no nosso amor
sábado, 25 de dezembro de 2010
"Boa Noite, Amor" -Composição: J.M. Abreu e F. Matoso, na voz de Elis Regina
Boa noite amor
Meu grande amor
Contigo sonharei
E a minha dor esquecerei
Se eu souber que o sonho teu
Foi o mesmo sonho meu
Boa noite, amor
E sonhe enfim
Pensando sempre em mim
Na carícia de um beijo
Que ficou no desejo
Boa noite, meu grande amor.
domingo, 19 de dezembro de 2010
Why Worry - Dire Sraits
Baby I see this world has made you sad
Some people can be bad
The things they do, the things they say
But baby I'll wipe away those bitter tears
I'll chase away those restless fears
That turn your blue skies into grey
Why worry, there should be laughter after the pain
There should be sunshine after rain
These things have always been the same
So why worry now
Baby when I get down I turn to you
And you make sense of what I do
I know it isn't hard to say
But baby just when this world seems mean and cold
Our love comes shining red and gold
And all the rest is by the way
Why worry, there should be laughter after pain
There should be sunshine after rain
These things have always been the same
So why worry now
sábado, 11 de dezembro de 2010
Será - Pedro Abrunhosa (da banda sonora de "A Carta", homenagem a Manuel de Oliveira no 102º aniversário)
Será que ainda me resta tempo
contigo,
ou já te levam balas de um qualquer
inimigo.
Será que soube dar-te tudo o que
querias,
ou deixei-me morrer lento, no lento
morrer dos dias.
Será que fiz tudo que podia fazer,
ou fui mais um cobarde, não quis ver
sofrer.
Será que lá longe ainda o céu é azul,
ou já o negro cinzento confunde Norte
com Sul.
Será que a tua pele ainda é macia,
ou é a mão que me treme, sem ardor
nem magia.
Será que ainda te posso valer,
ou já a noite descobre a dor que
encobre o prazer.
Será que é de febre este fogo,
este grito cruel que da lebre faz lobo.
Será que amanhã ainda existe para ti,
ou ao ver-te nos olhos te beijei e
morri.
Será que lá fora os carros passam
ainda,
ou estrelas caíram e qualquer sorte é
benvinda.
Será que a cidade ainda está como
dantes
ou cantam fantasmas e bailam
gigantes.
Será que o sol se põe do lado do mar,
ou a luz que me agarra é sombra de
luar.
Será que as casas cantam e as pedras
do chão,
ou calou-se a montanha, rendeu-se o
vulcão.
Será que sabes que hoje é domingo,
ou os dias não passam, são anjos
caindo.
Será que me consegues ouvir
ou é tempo que pedes quando tentas
sorrir.
Será que sabes que te trago na voz,
que o teu mundo é o meu mundo e foi
feito por nós.
Será que te lembras da côr do olhar
quando juntos a noite não quer acabar.
Será que sentes esta mão que te agarra
que te prende com a força do mar
contra a barra.
Será que consegues ouvir-me dizer
que te amo tanto quanto noutro dia
qualquer.
Eu sei que tu estarás sempre por mim
não há noite sem dia, nem dia sem fim.
Eu sei que me queres, e me amas
também
me desejas agora como nunca
ninguém.
Não partas então, não me deixes
sozinho
Vou beijar o teu chão e chorar o
caminho.
Será,
Será,
Será!
domingo, 28 de novembro de 2010
Todo O Sentimento - Chico Buarque
Preciso não dormir
Até se consumar
O tempo da gente.
Preciso conduzir
Um tempo de te amar,
Te amando devagar e urgentemente.
Pretendo descobrir
No último momento
Um tempo que refaz o que desfez,
Que recolhe todo sentimento
E bota no corpo uma outra vez.
Prometo te querer
Até o amor cair
Doente, doente...
Prefiro, então, partir
A tempo de poder
A gente se desvencilhar da gente.
Depois de te perder,
Te encontro, com certeza,
Talvez num tempo da delicadeza,
Onde não diremos nada;
Nada aconteceu.
Apenas seguirei
Como encantado ao lado teu.
Companheira - Pedro Barroso
Homenagem no aniversário do poeta
toquei-te a pele como se fosses harpa
escorreguei em teu ventre como o vento
e atravessei-te em mim como se fosse farpa
Deixei crescer uma vontade devagar
deixei crescer no peito um infinito
morri da morte lenta do desejo
e em cada beijo abafei um grito
Quando desfolho o livro velho da memória
sinto que o tempo passado à tua beira
é um espaço bom que há na minha história
e foi bonito ter dito companheira
Inventei mil paisagens no teu peito
rebentei de loucura e fantasia
quando me olhavas devagar com esse jeito
e eu descobri tanta coisa que não vias
Havia em ti uma forma grande de incerteza
que conseguias converter em alegria
havia em ti um mar salgado de beleza
que me faz sentir saudades em cada dia
Quando desfolho o livro velho da memória
sinto que o tempo passado à tua beira
é um espaço bom que há na minha história
e foi bonito ter dito companheira
in "Roupas de Pátria, Roupas de Mulher", 1987
Ela Faz Cinema - Chico Buarque
Quando ela chora
Não sei se é dos olhos para fora
Não sei do que ri
Eu não sei se ela agora
Está fora de si
Ou se é o estilo de uma grande dama
Quando me encara e desata os cabelos
Não sei se ela está mesmo aqui
Quando se joga na minha cama
Ela faz cinema
Ela faz cinema
Ela é a tal
Sei que ela pode ser mil
Mas não existe outra igual
Quando ela mente
Não sei se ela deveras sente
O que mente para mim
Serei eu meramente
Mais um personagem efêmero
Da sua trama
Quando vestida de preto
Dá-me um beijo seco
Prevejo meu fim
E a cada vez que o perdão
Me clama
Ela faz cinema
Ela faz cinema
Ela é demais
Talvez nem me queira bem
Porém faz um bem que ninguém
Me faz
Eu não sei
Se ela sabe o que fez
Quando fez o meu peito
Cantar outra vez
Quando ela jura
Não sei por que Deus ela jura
Que tem coração
e quando o meu coração
Se inflama
Ela faz cinema
Ela faz cinema
Ela é assim
Nunca será de ninguém
Porém eu não sei viver sem
E fim.
sábado, 27 de novembro de 2010
O Último Blues - Chico Buarque
Essa menina que você seduz
E um dia depois
Sem mais nem mais, esquece
Ela, no fundo, é uma atriz
Quando beija a sua boca
E nada acontece
Essa menina que você seduz
Agora é uma atriz
Saída de outra peça
Chamada "Doces Ardis..."
Quando beija a sua boca
Ela começa a fraquejar
Por onde anda a sua mão
Você só quer se aproveitar
E ela delira
Rodopiando no salão
Os dois parecem um casal
Mas é mentira
Essa menina pode ir pro Japão
Na vida real
Você é quem enlouquece
Apaga a última luz
E nos cantos do seu quarto
A figura dela fosforesce
Ao som do último blues
Na Rádio Cabeça
Se puder esqueça
A menina que você seduz
Não me beijes por engano - Sérgio Godinho
Coisas…!
O acaso às vezes faz cada coisa…
coisas que se diz do destino
ousas
repousar em mim, felino, o olhar
eu, que hoje nem vinha a este bar
fazes com os dedos um olá furtivo
e logo num caudal revivo
palavras antigas de um ano
Não me beijes por engano
não me causes maior dano
do que aquele que causaste
no dia em que aproximaste
os teus lábios do meu peito
e num moomento perfeito
de paz e de assombração
tocaste o meu coração
Tocas
com os dedos mensageiros no copo
chego-te em controlo remoto
voto
em ficar por mais um século assim
bebericando do teu gin
tens já o olhar afogueado e pardo
ardido no vento em que ardo
pousado na brisa em que plano
Não me beijes por engano
não me causes maior dano
do que aquele que causaste
no dia em que aproximaste
os teus lábios do meu peito
e num momento perfeito
de paz e de assombração
tocaste o meu coração
Faço que dormito pra te lhar do meu canto
conheço-te os cantos à casa
faz a
tua jura de quem casa comigo
e êxtases novos te predigo
mas não estás só nem mal acompanhada
e talvez que até mais bem amada
aplausos e corra-se o pano
Não me beijes por engano
não me causes maior dano
do que aquele que causaste
no dia em que aproximaste
os teus lábios do meu peito
e num moomento perfeito
de paz e de assombração
tocaste o meu coração
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
O Meu Amor Existe - Jorge Palma
O meu amor tem lábios de silêncio
E mão de bailarina
E voa como o vento
E abraça-me onde a solidão termina
O meu amor tem trinta mil cavalos
A galopar no peito
E um sorriso só dela
Que nasce quando a seu lado eu me deito
O meu amor ensinou-me a chegar
Sedento de ternura
Separou as minhas feridas
E pôs-me a salvo para além da loucura
O meu amor ensinou-me a partir
Nalguma noite triste
Mas antes, ensinou-me
A não esquecer que o meu amor existe.
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Basta-me saber que há sempre alguém a lutar contra a corrente - Jorge Palma
A chuva varre as janelas do teu apartamento.
A minha bagagem repousa ao abrigo do vento
E eu nem preciso de olhar para ti
Para saber o que esperas de mim.
Tu queres-me fazer cumprir
Coisas que eu não prometi.
Tu também sentes na pele o sopro da mudança,
Mas ficas sentada na sala à espera da esperança.
Aprendemos juntos a enfrentar o frio,
Embarcámos juntos no mesmo avião
E agora tu queres parar...
Dormir na margem do rio.
Mas, basta-me saber que há sempre alguém a lutar contra a corrente
Para me apetecer saltar,
Ir nadar ao lado dele,
Derretendo com o olhar
Todos os muros de gelo
E não consigo descansar
Enquanto não alcanço uma nova nascente.
Dizes que não suportas ver-te sózinha ao relento,
Mas tudo o que fazes é soltar o teu longo lamento
E eu vou para o meio da multidão,
Não levo a virtude nem a salvação,
Mas levo o meu calor
E uma guitarra na mão
E basta-me saber que há sempre alguém a lutar contra a corrente
Para me apetecer saltar,
Ir nadar ao lado dele,
Derretendo com o olhar
Todos os muros de gelo
E não consigo descansar
Enquanto não alcanço uma nova nascente.
E quando te voltar a apetecer seguir em frente,
Se me quiseres acompanhar,
Canta uma canção de amor,
Pinta os olhos cor de mar...
Põe no teu peito uma flor,
Traz um amigo qualquer
E vamos juntos abraçar o sol nascente
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