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quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Valsa de Um Homem Carente__Jorge Palma



Se alguma vez te parecer
Ouvir coisas sem sentido
Não ligues sou eu a dizer
Que quero ficar contigo
E apenas obedeço
Com as artes que conheço
Ao principio activo que rege desde o começo
E mantêm o mundo vivo.

Se alguma vez me vires fazer
Figuras teatrais
Dignas de um palhaço pobre
Sou eu a dançar a mais nobre
Das danças nupciais
E em minhas plumas cardeais
Em todo o meu esplendor
Sou eu, sou eu nem mais
A suplicar o teu amor.

É a dança mais pungente
Mão atrás e outra à frente
Valsa de um homem carente

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Nuvem Passageira _Hermes de Aquino

Eu sou nuvem passageira,
Que com o vento se vai,
Eu sou como um cristal bonito
Que se quebra quando cai.

Não adianta escrever meu nome n’uma pedra,
Pois essa pedra em pó vai se transformar,
Você não vê que a vida corre com o tempo
Sou um castelo de areia na beira do mar.

(Ar, Ar)

Eu sou nuvem passageira,
Que com o vento se vai,
Eu sou como um cristal bonito
Que se quebra quando cai.

A lua cheia convida para um longo beijo
Mas o relógio te cobra o dia de amanhã
Estou sozinho, perdido e louco no meu leito,
E a namorada analisada por sobre o divã.

(Ar, Ar, Ar) (Ar, Ar,Ar)

Por isso agora o que eu quero e dançar na chuva
Não quero nem saber de me fazer ou me matar
Ou vou deixar um dia fique a minha energia
Sou um castelo de areia na beira do mar
Eu sou nuvem passageira,
Que com o vento se vai,
Eu sou como um cristal bonito
Que se quebra quando cai.

Eu sou nuvem passageira,
Que com o vento se vai,
Eu sou como um cristal bonito
Que se quebra quando cai.

Que se quebra quando cai

sábado, 8 de janeiro de 2011

Distância_Cindy Kat / Ricardo Camacho

http://emtonsdeazul2.blogspot.com/2011/01/distancia-cindy-kat.html

De noite fico acordado
Por não te ter a meu lado
Só penso em ti
Só penso em ti

Esqueci os sonhos na esperança
De encontrar paz na distância
Só penso em ti
Só penso em ti

E eu não vou poder ser
A certeza desse amor
Aquele que te faz voltar
E eu não vou poder ser
Aquele que não ficou
Perdido sem o teu olhar

Penso em ti
Penso em ti

E eu não vou poder ser
A certeza desse amor
Aquele que te faz voltar
E eu não vou poder ser
Aquele que não ficou
Perdido sem o teu olhar.

Agora acordo com medo
De ter esquecido o teu nome
Só penso em ti
Só penso em ti

Tão grande é o silêncio
Onde se perdem os dias
Só penso em ti
Só penso em ti

E eu não vou poder ser
A certeza desse amor
Aquele que te faz voltar
E eu não vou poder ser
Aquele que não ficou
Perdido sem o teu olhar

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Porque me olhas assim..._ Fausto

http://emtonsdeazul2.blogspot.com/2011/01/porque-me-olhas-assim-fausto.html


Diz-me agora o teu nome
se já dissemos que sim
pelo olhar que demora
porque me olhas assim
porque me rondas assim
Toda a luz da avenida
se desdobra em paixão
magias de druida
pelo teu toque de mão
soam ventos amenos
pelos mares morenos
do meu coração.

Espelhando as vitrinas
da cidade sem fim
tu surgiste divina
porque me abeiras assim
porque me tocas assim
e trocámos pendentes
velhas palavras tontas
com sotaque diferentes
nossa prosa está pronta
dobrando esquinas e gretas
pelo caminho das letras
que tudo o resto não conta

E lá fomos audazes
por passeios tardios
vadiando o asfalto
cruzando outras pontes
de mares que são rios
e num bar fora de horas
se eu chorar perdoa
ó meu bem é que eu canto
por dentro sonhando
que estou em Lisboa

Dizes-me então que sou teu
que tu és toda pra mim
que me pões no apogeu
porque me abraças assim
porque me beijas assim
por esta noite adiante
se tu me pedes enfim
num céu de anúncios brilhantes
vamos casar em Berlim
à luz vã dos faróis
são de seda os lençóis
porque me amas assim.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Barquito de Papel - Joan Manuel Serrat

Barquito de papel,
sin nombre, sin patrón
y sin bandera,
navegando sin timón
donde la corriente quiera.

Aventurero audaz,
jinete de papel
cuadriculado,
que mi mano sin pasado
sentó a lomos de un canal.

Cuando el canal era un río,
cuando el estanque era el mar,
y navegar
era jugar con el viento,
era una sonrisa a tiempo,
fugándose feliz
de país en país,
entre la escuela y mi casa,
después el tiempo pasa
y te olvidas de aquel
barquito de papel.

Barquito de papel,
en qué extraño arenal
han varado
tu sonrisa y mi pasado,
vestidos de colegial.

http://emtonsdeazul2.blogspot.com/2011/01/barquito-de-papel-joan-manuel-serrat.html

Te Extraño - Armando Mazanero (Pedaços Soltos)

http://emtonsdeazul2.blogspot.com/2011/01/te-extrano-armando-mazanero.html

Te extraño
como los arboles extrañan el otoño
en esas noches que no concilio el sueño
no te imaginas amor como te extraño.

Te extraño
en cada paso que siento solitario
cada momento que voy viviendo a diario
estoy muriendo amor porque te extraño.

Secreta Mujer _ Joan Manuel Serrat (Pedaços Soltos)

 http://emtonsdeazul2.blogspot.com/2011/01/secreta-mujer-joan-manuel-serrat.html

Secreta mujer.
Atravesada entre mis párpados le quiero decir,
le quiero pedir que me deje, que se vaya.
Pero no puedo hablar a mi pesar.
Atravesada en la garganta, me atormenta una mujer esa mujer,
esa secreta mujer.
Arránqueme, señora, las ropas.
Desnúdeme.
Arránqueme, señora, las dudas.
Desdúdeme.
Arránqueme, señora, las ropas y las dudas.

sábado, 1 de janeiro de 2011

Poema de amor - Juan Manuel Serrat

El sol nos olvidó ayer sobre la arena,
nos envolvió el rumor suave del mar,
tu cuerpo me dio calor,
tenía frío

y, allí, en la arena, entre los dos nació este poema,
este pobre poema de amor
para ti

Mi fruto, mi flor,
mi historia de amor,
mi caricias.

Mi humilde candil,
mi lluvia de abril,
mi avaricia.


Mi trozo de pan,
mi viejo refrán,
mi poeta.

La fe que perdí,
mi camino
y mi carreta.

Mi dulce placer,
mi sueño de ayer,
mi equipaje.

Mi tibio rincón,
mi mejor canción,
mi paisaje.

Mi manantial,
mi cañaveral,
mi riqueza.

Mi leña, mi hogar,
mi techo, mi lar,
mi nobleza.

Mi fuente, mi sed,
mi barco, mi red
y la arena.

Donde te sentí,
donde te escribí
mi poema…

http://www.youtube.com/watch?v=d4qOFphWKEU

O meu tesouro és tu, eternamente tu - Jorge Palma



O tempo não sabe nada, o tempo não tem razão
O tempo nunca existiu, o tempo é nossa invenção
Se abandonarmos as horas não nos sentimos sós
Meu amor, o tempo somos nós

O espaço tem o volume da imaginação
Além do nosso horizonte existe outra dimensão
O espaço foi construído sem princípio nem fim
Meu amor, huuum, tu cabes dentro de mim

O meu tesouro és tu
Eternamente tu
Não há passos divergentes para quem se quer
Encontrar

A nossa história começa na total escuridão
Onde o mistério ultrapassa a nossa compreensão
A nossa história é o esforço para alcançar a luz
Meu amor, o impossível seduz

O meu tesouro és tu
Eternamente tu
Não há passos divergentes para quem se quer
Encontrar


O meu tesouro és tu
Eternamente tu
Eternamente tu

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Aprender a Ser Só - Marcos Valle/Paulo Sergio Valle, na voz de Elis Regina



Ah, se eu te pudesse fazer entender
...Sem teu amor eu não posso viver
Que sem nós dois o que resta sou eu
Eu assim tão só
E eu preciso aprender a ser só
Poder dormir sem sentir teu calor
A ver que foi só um sonho e passou

Ah, o amor
Quando é demais ao findar leva a paz
Me entreguei sem pensar
Que a saudade existe e se vem
É tão triste, vê
Meus olhos choram a falta dos teus
Esses teus olhos que foram tão meus
Por Deus entenda que assim eu não vivo
Eu morro pensando no nosso amor
Por Deus entenda que assim eu não vivo
Eu morro pensando no nosso amor
Ah o amor
Quando é demais ao findar leva a paz
Me entreguei sem pensar
Que a saudade existe e se vem
É tão triste, vê
Meus olhos choram a falta dos teus
Esses teus olhos que foram tão meus
Por Deus entenda que assim eu não vivo
Eu morro pensando no nosso amor

sábado, 25 de dezembro de 2010

"Boa Noite, Amor" -Composição: J.M. Abreu e F. Matoso, na voz de Elis Regina




Boa noite amor
Meu grande amor
Contigo sonharei

E a minha dor esquecerei
Se eu souber que o sonho teu
Foi o mesmo sonho meu

Boa noite, amor
E sonhe enfim
Pensando sempre em mim
Na carícia de um beijo
Que ficou no desejo
Boa noite, meu grande amor.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Why Worry - Dire Sraits




Baby I see this world has made you sad
Some people can be bad
The things they do, the things they say
But baby I'll wipe away those bitter tears
I'll chase away those restless fears
That turn your blue skies into grey


Why worry, there should be laughter after the pain
There should be sunshine after rain
These things have always been the same
So why worry now


Baby when I get down I turn to you
And you make sense of what I do
I know it isn't hard to say
But baby just when this world seems mean and cold
Our love comes shining red and gold
And all the rest is by the way


Why worry, there should be laughter after pain
There should be sunshine after rain
These things have always been the same
So why worry now

sábado, 11 de dezembro de 2010

Será - Pedro Abrunhosa (da banda sonora de "A Carta", homenagem a Manuel de Oliveira no 102º aniversário)




Será que ainda me resta tempo
contigo,
ou já te levam balas de um qualquer
inimigo.
Será que soube dar-te tudo o que
querias,
ou deixei-me morrer lento, no lento
morrer dos dias.

Será que fiz tudo que podia fazer,
ou fui mais um cobarde, não quis ver
sofrer.
Será que lá longe ainda o céu é azul,
ou já o negro cinzento confunde Norte
com Sul.

Será que a tua pele ainda é macia,
ou é a mão que me treme, sem ardor
nem magia.
Será que ainda te posso valer,
ou já a noite descobre a dor que
encobre o prazer.

Será que é de febre este fogo,
este grito cruel que da lebre faz lobo.
Será que amanhã ainda existe para ti,
ou ao ver-te nos olhos te beijei e
morri.

Será que lá fora os carros passam
ainda,
ou estrelas caíram e qualquer sorte é
benvinda.
Será que a cidade ainda está como
dantes
ou cantam fantasmas e bailam
gigantes.

Será que o sol se põe do lado do mar,
ou a luz que me agarra é sombra de
luar.
Será que as casas cantam e as pedras
do chão,
ou calou-se a montanha, rendeu-se o
vulcão.


Será que sabes que hoje é domingo,
ou os dias não passam, são anjos
caindo.
Será que me consegues ouvir
ou é tempo que pedes quando tentas
sorrir.
Será que sabes que te trago na voz,
que o teu mundo é o meu mundo e foi
feito por nós.

Será que te lembras da côr do olhar
quando juntos a noite não quer acabar.
Será que sentes esta mão que te agarra
que te prende com a força do mar
contra a barra.

Será que consegues ouvir-me dizer
que te amo tanto quanto noutro dia
qualquer.

Eu sei que tu estarás sempre por mim
não há noite sem dia, nem dia sem fim.
Eu sei que me queres, e me amas
também
me desejas agora como nunca
ninguém.
Não partas então, não me deixes
sozinho
Vou beijar o teu chão e chorar o
caminho.

Será,
Será,
Será!

domingo, 28 de novembro de 2010

Todo O Sentimento - Chico Buarque




Preciso não dormir

Até se consumar

O tempo da gente.

Preciso conduzir

Um tempo de te amar,

Te amando devagar e urgentemente.



Pretendo descobrir

No último momento

Um tempo que refaz o que desfez,

Que recolhe todo sentimento

E bota no corpo uma outra vez.



Prometo te querer

Até o amor cair

Doente, doente...

Prefiro, então, partir

A tempo de poder

A gente se desvencilhar da gente.



Depois de te perder,

Te encontro, com certeza,

Talvez num tempo da delicadeza,

Onde não diremos nada;

Nada aconteceu.

Apenas seguirei

Como encantado ao lado teu.

Companheira - Pedro Barroso


Homenagem no aniversário do poeta



Deixei pousar minha boca em tua fronte

toquei-te a pele como se fosses harpa

escorreguei em teu ventre como o vento

e atravessei-te em mim como se fosse farpa



Deixei crescer uma vontade devagar

deixei crescer no peito um infinito

morri da morte lenta do desejo

e em cada beijo abafei um grito



Quando desfolho o livro velho da memória

sinto que o tempo passado à tua beira

é um espaço bom que há na minha história

e foi bonito ter dito companheira



Inventei mil paisagens no teu peito

rebentei de loucura e fantasia

quando me olhavas devagar com esse jeito

e eu descobri tanta coisa que não vias



Havia em ti uma forma grande de incerteza

que conseguias converter em alegria

havia em ti um mar salgado de beleza

que me faz sentir saudades em cada dia



Quando desfolho o livro velho da memória

sinto que o tempo passado à tua beira

é um espaço bom que há na minha história

e foi bonito ter dito companheira



in "Roupas de Pátria, Roupas de Mulher", 1987

Ela Faz Cinema - Chico Buarque


Quando ela chora


Não sei se é dos olhos para fora

Não sei do que ri

Eu não sei se ela agora

Está fora de si

Ou se é o estilo de uma grande dama

Quando me encara e desata os cabelos

Não sei se ela está mesmo aqui

Quando se joga na minha cama



Ela faz cinema

Ela faz cinema

Ela é a tal

Sei que ela pode ser mil

Mas não existe outra igual



Quando ela mente

Não sei se ela deveras sente

O que mente para mim

Serei eu meramente

Mais um personagem efêmero

Da sua trama

Quando vestida de preto

Dá-me um beijo seco

Prevejo meu fim

E a cada vez que o perdão

Me clama



Ela faz cinema

Ela faz cinema

Ela é demais

Talvez nem me queira bem

Porém faz um bem que ninguém

Me faz



Eu não sei

Se ela sabe o que fez

Quando fez o meu peito

Cantar outra vez

Quando ela jura

Não sei por que Deus ela jura

Que tem coração

e quando o meu coração

Se inflama



Ela faz cinema

Ela faz cinema

Ela é assim

Nunca será de ninguém

Porém eu não sei viver sem

E fim.

sábado, 27 de novembro de 2010

O Último Blues - Chico Buarque




Essa menina que você seduz


E um dia depois

Sem mais nem mais, esquece

Ela, no fundo, é uma atriz

Quando beija a sua boca

E nada acontece



Essa menina que você seduz

Agora é uma atriz

Saída de outra peça

Chamada "Doces Ardis..."

Quando beija a sua boca

Ela começa a fraquejar

Por onde anda a sua mão

Você só quer se aproveitar

E ela delira

Rodopiando no salão

Os dois parecem um casal

Mas é mentira



Essa menina pode ir pro Japão

Na vida real

Você é quem enlouquece

Apaga a última luz

E nos cantos do seu quarto

A figura dela fosforesce

Ao som do último blues

Na Rádio Cabeça

Se puder esqueça

A menina que você seduz

Não me beijes por engano - Sérgio Godinho




Coisas…!

O acaso às vezes faz cada coisa…

coisas que se diz do destino

ousas

repousar em mim, felino, o olhar

eu, que hoje nem vinha a este bar

fazes com os dedos um olá furtivo

e logo num caudal revivo

palavras antigas de um ano



Não me beijes por engano

não me causes maior dano

do que aquele que causaste

no dia em que aproximaste

os teus lábios do meu peito

e num moomento perfeito

de paz e de assombração

tocaste o meu coração



Tocas

com os dedos mensageiros no copo

chego-te em controlo remoto

voto

em ficar por mais um século assim

bebericando do teu gin

tens já o olhar afogueado e pardo

ardido no vento em que ardo

pousado na brisa em que plano



Não me beijes por engano

não me causes maior dano

do que aquele que causaste

no dia em que aproximaste

os teus lábios do meu peito

e num momento perfeito

de paz e de assombração

tocaste o meu coração



Faço que dormito pra te lhar do meu canto

conheço-te os cantos à casa

faz a

tua jura de quem casa comigo

e êxtases novos te predigo

mas não estás só nem mal acompanhada

e talvez que até mais bem amada

aplausos e corra-se o pano



Não me beijes por engano

não me causes maior dano

do que aquele que causaste

no dia em que aproximaste

os teus lábios do meu peito

e num moomento perfeito

de paz e de assombração

tocaste o meu coração

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

O Meu Amor Existe - Jorge Palma



O meu amor tem lábios de silêncio

E mão de bailarina
E voa como o vento
E abraça-me onde a solidão termina


O meu amor tem trinta mil cavalos
A galopar no peito
E um sorriso só dela
Que nasce quando a seu lado eu me deito

O meu amor ensinou-me a chegar
Sedento de ternura
Separou as minhas feridas
E pôs-me a salvo para além da loucura

O meu amor ensinou-me a partir
Nalguma noite triste
Mas antes, ensinou-me
A não esquecer que o meu amor existe.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Basta-me saber que há sempre alguém a lutar contra a corrente - Jorge Palma


A chuva varre as janelas do teu apartamento.


A minha bagagem repousa ao abrigo do vento

E eu nem preciso de olhar para ti

Para saber o que esperas de mim.

Tu queres-me fazer cumprir

Coisas que eu não prometi.



Tu também sentes na pele o sopro da mudança,

Mas ficas sentada na sala à espera da esperança.

Aprendemos juntos a enfrentar o frio,

Embarcámos juntos no mesmo avião

E agora tu queres parar...

Dormir na margem do rio.



Mas, basta-me saber que há sempre alguém a lutar contra a corrente

Para me apetecer saltar,

Ir nadar ao lado dele,

Derretendo com o olhar

Todos os muros de gelo

E não consigo descansar

Enquanto não alcanço uma nova nascente.



Dizes que não suportas ver-te sózinha ao relento,

Mas tudo o que fazes é soltar o teu longo lamento

E eu vou para o meio da multidão,

Não levo a virtude nem a salvação,

Mas levo o meu calor

E uma guitarra na mão



E basta-me saber que há sempre alguém a lutar contra a corrente

Para me apetecer saltar,

Ir nadar ao lado dele,

Derretendo com o olhar

Todos os muros de gelo

E não consigo descansar

Enquanto não alcanço uma nova nascente.



E quando te voltar a apetecer seguir em frente,

Se me quiseres acompanhar,

Canta uma canção de amor,

Pinta os olhos cor de mar...

Põe no teu peito uma flor,

Traz um amigo qualquer

E vamos juntos abraçar o sol nascente