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quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Valsa de Um Homem Carente__Jorge Palma



Se alguma vez te parecer
Ouvir coisas sem sentido
Não ligues sou eu a dizer
Que quero ficar contigo
E apenas obedeço
Com as artes que conheço
Ao principio activo que rege desde o começo
E mantêm o mundo vivo.

Se alguma vez me vires fazer
Figuras teatrais
Dignas de um palhaço pobre
Sou eu a dançar a mais nobre
Das danças nupciais
E em minhas plumas cardeais
Em todo o meu esplendor
Sou eu, sou eu nem mais
A suplicar o teu amor.

É a dança mais pungente
Mão atrás e outra à frente
Valsa de um homem carente

sábado, 1 de janeiro de 2011

O meu tesouro és tu, eternamente tu - Jorge Palma



O tempo não sabe nada, o tempo não tem razão
O tempo nunca existiu, o tempo é nossa invenção
Se abandonarmos as horas não nos sentimos sós
Meu amor, o tempo somos nós

O espaço tem o volume da imaginação
Além do nosso horizonte existe outra dimensão
O espaço foi construído sem princípio nem fim
Meu amor, huuum, tu cabes dentro de mim

O meu tesouro és tu
Eternamente tu
Não há passos divergentes para quem se quer
Encontrar

A nossa história começa na total escuridão
Onde o mistério ultrapassa a nossa compreensão
A nossa história é o esforço para alcançar a luz
Meu amor, o impossível seduz

O meu tesouro és tu
Eternamente tu
Não há passos divergentes para quem se quer
Encontrar


O meu tesouro és tu
Eternamente tu
Eternamente tu

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

O Meu Amor Existe - Jorge Palma



O meu amor tem lábios de silêncio

E mão de bailarina
E voa como o vento
E abraça-me onde a solidão termina


O meu amor tem trinta mil cavalos
A galopar no peito
E um sorriso só dela
Que nasce quando a seu lado eu me deito

O meu amor ensinou-me a chegar
Sedento de ternura
Separou as minhas feridas
E pôs-me a salvo para além da loucura

O meu amor ensinou-me a partir
Nalguma noite triste
Mas antes, ensinou-me
A não esquecer que o meu amor existe.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Basta-me saber que há sempre alguém a lutar contra a corrente - Jorge Palma


A chuva varre as janelas do teu apartamento.


A minha bagagem repousa ao abrigo do vento

E eu nem preciso de olhar para ti

Para saber o que esperas de mim.

Tu queres-me fazer cumprir

Coisas que eu não prometi.



Tu também sentes na pele o sopro da mudança,

Mas ficas sentada na sala à espera da esperança.

Aprendemos juntos a enfrentar o frio,

Embarcámos juntos no mesmo avião

E agora tu queres parar...

Dormir na margem do rio.



Mas, basta-me saber que há sempre alguém a lutar contra a corrente

Para me apetecer saltar,

Ir nadar ao lado dele,

Derretendo com o olhar

Todos os muros de gelo

E não consigo descansar

Enquanto não alcanço uma nova nascente.



Dizes que não suportas ver-te sózinha ao relento,

Mas tudo o que fazes é soltar o teu longo lamento

E eu vou para o meio da multidão,

Não levo a virtude nem a salvação,

Mas levo o meu calor

E uma guitarra na mão



E basta-me saber que há sempre alguém a lutar contra a corrente

Para me apetecer saltar,

Ir nadar ao lado dele,

Derretendo com o olhar

Todos os muros de gelo

E não consigo descansar

Enquanto não alcanço uma nova nascente.



E quando te voltar a apetecer seguir em frente,

Se me quiseres acompanhar,

Canta uma canção de amor,

Pinta os olhos cor de mar...

Põe no teu peito uma flor,

Traz um amigo qualquer

E vamos juntos abraçar o sol nascente