quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Vai-te, Poesia! Não Quero Cantar. Quero Gritar!



Vai-te, Poesia!

Deixa-me ver a vida

exacta e intolerável

neste planeta feito de carne humana a chorar

onde um anjo me arrasta todas as noites para casa pelos cabelos

com bandeiras de lume nos olhos,

para fabricar sonhos

carregados de dinamite de lágrimas.


Vai-te, Poesia!

Não quero cantar.

Quero gritar!