quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Golpe de Estado de Um(a) Trovador(a) Mediaval - Menina do Alto da Serra



Amigos e Companheiros:

Deixarei de cantar o amor
Ou o desamor.
Deixarei de verter lágrimas
De semear utopias
Nos jardins perdidos do meu coração.

Viva a Revolução!

Deixarei de ser desalento
Ou quimeras mil
Cinderela sonhadora
Ou carochinha chorosa
Dos mundos das histórias de encantar.

Cantarei doravante o Céu e a terra,
o mar e o vento,
A chuva e o arco-íris,
O pôr e nascer do sol
E as magias de noites de luar.

Cantarei a liberdade das gaivotas
Que esvoaçam pelo ar,
O sussurro das folhas das árvores
Quando a brisa da tarde as vem namorar,
A força das correntes dos rios,
O marulhar das ondas do mar.

Cantarei o trinado dos pássaros,
Os silêncios das noites
Os mil sons que se espraiam pelo dia,
A alegria vadia do canto das cigarras
E o balir dos rebanhos em verdes prados,
a grandeza dos sonhos.

Cantarei a magnitude de uma sinfonia
 A ternura de uma canção de embalar…
............
.............
Mas  jamais de mim nascerão mais palavras,
Ditas, escritas ou cantadas,
Que lembrem o choro dolente das guitarras
As cadências lentas de
Baladas de dor,
Ou sequer o batuque alegre e vibrante
Das Bossas que entoem
Alegrias de Amor.

Longa Vida à Revolução!